SILAS CHEF
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Bifanas de autor, num espaço sofisticado, no coração do Ribatejo.
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facebook.comBom dia! Creme de batata doce com amêndoa torrada Carne de porco envolto em ervas aromáticas e azeitona panada guarnecido com batata Natas do céu! Até já!
SILAS CHEF
Vencedor do BTL Blogger Travel Awards na categoria de Melhor blogue de viagens pessoal, convidámos os fantásticos autores do blogue MENINA MUNDO para interpretarem a vida e obra do grande Garcia de Orta. Convidamo-los a visitarem o blogue http://www.meninamundo.com/ e a página do facebook https://www.facebook.com/meninamundoblog/?ref=ts&fref=ts Obrigado Nelson e Miriam !!!
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Vencedor do BTL Blogger Travel Awards na categoria de Melhor blogue de viagens pessoal, convidámos os fantásticos autores do blogue MENINA MUNDO para interpretarem a vida e obra do grande Garcia de Orta. Convidamo-los a visitarem o blogue http://www.meninamundo.com/ e a página do facebook https://www.facebook.com/meninamundoblog/?ref=ts&fref=ts Obrigado Nelson e Miriam !!!
As nossas BIFANAS
Garcia de Orta // Suculenta bifana de carne desfiada, previamente cozida a baixa temperatura com cebola e especiarias, servida com molho à base de iogurte e ervas aromáticas, rúcula selvagem e cebola roxa. (...)“O fruto daquella Orta onde florecem Prantas novas, que os doutos não conhecem” (...) E talvez não conheçam mas este é o primeiro poema impresso de Camões - Aquele único exemplo é o título – e foi dedicado à obra «Colóquios dos Simples e Drogas e Cousas Medicinais da India, e assi dalgumas frutas achadas nella, onde se tratam algumas cousas tocantes a medicina prática, e outras cousas boas pera saber». Recuemos no tempo. Garcia d’Orta, médico e naturalista português, nasceu algures, entre 1499 e 1501 (diferentes fontes apontam diferentes datas), em Castelo de Vide (Portalegre). Filho de Fernando d'Orta e Leonor Gomes, judeus refugiados de Espanha, após perseguição pelos reis católicos espanhóis, em 1492. Frequentou as Universidades de Salamanca e Alcalá de Henares, em Espanha, onde estudou Filosofia Natural, Medicina e Botânica (a gramática e as artes parecem ter também constituido objetos do seu estudo). Em 1523 regressa a Castelo de Vide onde passa a exercer medicina. Dois anos depois, instalou-se em Lisboa onde se tornou médico do rei D. João III e, após várias tentativas, acaba por integrar o corpo docente da Universidade de Lisboa, em 1530, ensinado Filosofia Natural. O interesse pelas plantas e a preocupação com a observação acompanharam e marcaram o seu percurso académico enquanto aluno e professor. Em 1534 viaja para a Índia, esta viagem parece responder, ao mesmo tempo, a desejos e medos de Orta. Por um lado concede-lhe a vontade de conhecer o mundo e a curiosidade científica pelo oriente; por outro, acalma o seu medo e a sua insegurança quanto à dimensão que a inquisição viria a assumir em Portugal. Viveu cerca de 34 anos na Índia, primeiro em Goa, como médico de Martim Afonso de Sousa (vice-rei da Índia) e médico particular de nobres, políticos e importantes figuras do meio social, mas tendo igualmente trabalho no Hospital Real e na prisão. Durante este período ter-se-á familiarizado com a literatura médica da Índia e com a grande variedade de plantas utilizadas para tratar doentes. Depois viveu também em Bombaim, cidade onde casou com Biranda de Solis. E é aí que manda construir um jardim botânico no foro de Bombaim, que lhe foi entregue pelo vice-rei, como agradecimento pelos seus serviços. Contudo, apesar de apenas ter tido morada nestas duas cidades, durante esses 34 anos terá viajado por todo o país, acumulando conhecimento, estabelecendo importantes contactos e estudando e coleccionando produtos naturais. Em Abril de 1563, publica “Colóquios dos Simples e Drogas he Cousas Medicinais da Índia”. A obra constitui fonte de informações fundamentais para a medicina, botânica, química, farmacologia e biologia da altura. Nos diferentes colóquios são descritos fármacos orientais, com especial incidência naqueles de origem vegetal, constituindo o primeiro registo científico de plantas do Oriente, feito por ocidentais, feito por um português. Esta obra será o melhor retrato de Garcia d’Orta, conta da sua ousadia e coragem, da sua procura pela verdade científica, sabendo que esta nunca está completa e pode sempre ser melhorada. O que é que ele faz de tão surpreendente nesta obra? Compila o que dizem os clássicos e corrige-os, emenda-os, com base num conjunto de experimentações que ia realizando. Por isso, a sua atuação no domínio médico-farmacológico é habitualmente referida como pioneira e percursora da medicina experimental, estando os vários colóquios cheios de expressões como: ‘eu experimentei’; ‘ por meus olhos eu vi’. E é com base nesta verificação que, de forma mais rude ou mais sofisticada, aponta o dedo aos mais sonantes e conceituados senhores do saber médico da altura. A forma como o faz também é inovadora, recorre a diálogos que vai mantendo com Doutor Ruando ou outras figuras, ora reais, ora fictícias, que iam assumindo o papel do pensamento clássico dominante, sim ele punha em causa os conhecimentos da velha Europa, numa espécie de revolução, de contra-poder, que vem trazer à luz uma nova atitude científica, através de uma séria tentativa de fazer ciência experimental, constituindo um dos maiores contributos portugueses para o espírito científico e para o método experimental (não isento de falhas e imprudências mas, ainda assim, de sublinhar, atentando ao paradigma dominante do momento). É, por tudo isso, surpreendente que, ainda assim, o livro tenha sido autorizado a ser impresso pela Casa da Suplicação e pela Inquisição. Orta viria a morrer em Goa, em 1568, e se o seu prestígio o poupou, em vida, da perseguição do Santo Ofício da Inquisição, não o defendeu depois de morto. Em 1580, num auto-de-fé, o Tribunal do Santo Ofício acabou por condená-lo, post-mortem, pelo crime de judaísmo, os seus restos mortais foram exumados e os seus ossos queimados na fogueira. Garcia de Orta emprestou o seu nome à Escola Secundária Garcia de Orta, no Porto, ao Hospital Garcia de Orta, em Lisboa, ao Jardim Garcia de Orta, criado durante a Expo98 e, agora, mais singela em dimensão mas tão mais saborosa, a uma bifana que evoca sabores e cheiros do Oriente. Façamos respeitar as suas leis para produzir conhecimento válido: comecemos por observar bem de perto e depois experimentemos – não interessa o que outros têm dito sobre esta bifana, têm de experimentar, testar – e só depois podem falar a verdade. Experimentem, testem, uma e outra vez, para que não vos restem dúvidas, e depois falem. Se disserem que esta Garcia de Orta não vos convém, o ‘Silas’ responder-vos-á, que estão todos errados e se quiserem assumir o papel de Ruano e lhe perguntarem: ‘como, todos esses que diseis, erraram?’, o ‘Silas’ responde-vos à la Orta: ‘Si; se chamaes errar a dizer o que não he’. Texto da Autoria de: http://www.meninamundo.com/ https://www.facebook.com/meninamundoblog/?ref=ts&fref=ts
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Bom dia! Para um final de semana extraordinário, e um início de mês em beleza, preparamos-lhe: Uma cremosa sopa de peixe, com o contraste de uns estaladiços crutons. Para o prato principal, canellonis, recheados com uma suculenta carne com umas lascas de parmesão. Por fim, a nossa deliciosa barriga de freira. Até já!
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Hoje é dia de polvo, venha provar...
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Já falta pouco, e com uma pequena ajuda de todos chegaremos lá. http://expresso.sapo.pt/cultura/2016-03-15-Fundacao-Aga-Khan-doa-200-mil-para-quadro-de-Domingos-Sequeira