Emeief Costa e Silva
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QUEM ROUBOU AS CRIANÇAS DA RUA? As ruas choram de saudades, o silêncio grita por alegria. O tempo sente falta daquele corre, corre, do som gutural agudo, das brigas e até dos apelidos. As ruas estão um marasmo só! É um menino que não corre mais, é uma perna que não pula mais amarelinha, cordão. São mãos que não se juntam mais para formar a grande ciranda. É uma menina que não se encanta mais com a boneca. É um moleque que não chega mais em casa em pranto com a cabeça do dedo arrancado, ou com o “chamboco” do joelho pendurado. São becos, ruas e calçadas vazias! A tecnologia roubou as crianças das ruas! Se existem alguma, é procurando sinal de WI-FI. Distorcendo um pouco a fala do engenheiro da palavra, João Cabral de melo Neto, éramos meninas e meninos iguais em tudo na vida, na mesma cabeça grande, com o mesmo ventre crescido, sobre as mesmas pernas finas. Mas isso ainda diz pouco, éramos também todos engenheiros, não de palavras, mas sim, por criar e recriar nossos próprios brinquedos. Com criatividade e imaginação, uma lata qualquer se transformara em um carro erguido por rodas feitas de chinelos velhos, surrados, cansados até. Um sabugo ou tijolo enfeitados; as melhores bonecas do mundo. Das cascas de melancias, formas várias apareciam. E a bola? Ah, ela era feito de pano, saco, qualquer coisa arredondada que servisse para matar nossa “mulesta” por futebol. O sol e a terra quente, esta consequência daquele, nunca foram páreo para nós. E assim nossa criatividade preenchia nossa miséria. A verdade é que nem tínhamos noção da miséria, das mazelas e do processo excludente que nos vitimavam. Todavia, tínhamos o desejo de salvar o mundo, cada um se particularizava de seu herói predileto. Nossos heróis não morriam de overdose, graças a Deus! Apesar de violentas, as séries dos heróis Japonês nos ensinavam o código de lealdade, de honra e a lutar por uma coletividade. E a gente brincava de fazer de conta, brincava de super-herói…brincava de proteger o mundo. Inocentes crianças, mal sabiam que os inimigos eram outros! Nossas armaduras e espadas também eram frutos da recriação. Mas nossa armadura real era o grude, através dele a gente criava superpoderes: os anticorpos. Eles venciam a maioria dos inimigos. Quem nunca brincou na lama, na chuva, na areia, nos açudes, de fato, não sabe o gosto da infância. Se de dia, as praças e os campos ferviam de crianças, fantasia, de sonho, de sol, de suor. Se era noite, a lua espiava com inveja, porém, alumiava satisfeita nossas brincadeiras. Pobres crianças ricas de outrora; sugaram o mundo a sua volta, esconderam a aflição por trás do sorriso, sentiram a natureza em sua plenitude. Ricas crianças pobres contemporâneas: são sugadas pelo mundo, a aflição esconde seus sorrisos, sentem a natureza por trás das telas. Que culpa elas têm? Passa-se o tempo, muda-se o costume. Por Carlos Alves Vieira Colunista do site UIRAUNA.NET